A relação entre cabelos e deficiências nutricionais

Você sabia que a aparência e saúde dos seus cabelos podem ser um reflexo da sua alimentação e estado nutricional? É verdade! Assim como a pele e as unhas, os fios também dependem de uma série de nutrientes para crescerem fortes, brilhantes e saudáveis.

Quando há deficiência de certas vitaminas e minerais no organismo, é comum que os cabelos sejam um dos primeiros lugares a manifestar sinais, como queda excessiva, fios quebradiços, secos e opacos. Entender essa relação é o primeiro passo para tratar os fios de dentro para fora.

Neste artigo, vamos explorar quais são as principais deficiências nutricionais que podem afetar a saúde capilar, os sinais a observar e como preveni-las com uma alimentação equilibrada e suplementação, se necessário. Vem comigo!

Como a nutrição afeta a saúde capilar?

Para entender melhor essa relação, precisamos falar um pouco sobre a estrutura dos fios. Cada cabelo é formado principalmente de queratina, uma proteína produzida pelas células capilares a partir dos aminoácidos obtidos pela alimentação.

Além da queratina, os fios também dependem de outros nutrientes, como vitaminas e minerais, para se desenvolverem plenamente. Esses micronutrientes atuam como cofatores para as enzimas que regulam o crescimento capilar, além de compor a estrutura dos fios e contribuir para sua força, brilho e elasticidade.

Quando há deficiência desses nutrientes no organismo, todo o ciclo de crescimento capilar pode ser afetado. Os fios ficam mais finos e frágeis, a fase anágena (crescimento) é encurtada e aumenta a quantidade de fios na fase telógena (repouso), levando à queda. A aparência dos cabelos também sofre, com fios mais secos, sem vida e maleáveis.

Agora que já sabemos como a nutrição e os cabelos estão intimamente ligados, vamos ver quais são as principais deficiências nutricionais que podem comprometer a saúde dos fios.

Deficiências nutricionais que afetam os cabelos

Deficiência de ferro (anemia)

O ferro é essencial para a síntese de hemoglobina, proteína responsável por levar oxigênio para as células do corpo, incluindo os folículos capilares. Quando há deficiência de ferro, o crescimento dos fios pode ser afetado, levando a cabelos finos, frágeis e a uma queda mais acentuada. Outros sinais de anemia incluem palidez, cansaço excessivo e unhas quebradiças.

Deficiência de proteína

Como vimos, a queratina que compõe os fios é uma proteína. Logo, se a alimentação é pobre em proteínas de alto valor biológico (carnes, ovos, leite e derivados), o organismo não terá aminoácidos suficientes para produzir queratina e sustentar o crescimento saudável dos cabelos. O resultado são fios secos, porosos, opacos e que quebram facilmente.

Deficiência de zinco

O mineral zinco é cofator de diversas enzimas que atuam no crescimento capilar. Ele também contribui para a síntese de proteínas e DNA nas células capilares. A deficiência de zinco pode levar a um afinamento difuso dos fios, além de deixá-los secos, sem brilho e mais propensos à queda. Em casos graves, pode até causar alopecia.

Deficiência de vitaminas do complexo B

As vitaminas do complexo B, em especial a biotina (B7), são fundamentais para a saúde dos cabelos. Elas participam da produção de queratina, melhoram a circulação sanguínea no couro cabeludo e fortalecem a estrutura dos fios. A falta dessas vitaminas pode causar queda capilar, cabelos secos e quebradiços e crescimento lento dos fios.

Deficiência de vitaminas A e C

Essas vitaminas são poderosos antioxidantes que ajudam a proteger os folículos capilares contra os danos dos radicais livres. Elas também são necessárias para a produção de sebo, a oleosidade natural que hidrata os fios. A deficiência de vitaminas A e C pode resultar em cabelos ressecados, sem brilho, danificados e com crescimento comprometido.

Como prevenir deficiências nutricionais que afetam os cabelos

A melhor forma de prevenir as deficiências nutricionais que prejudicam os cabelos é manter uma alimentação equilibrada e variada, rica em alimentos in natura como:

  • Proteínas de alto valor biológico: carnes magras, peixes, ovos, leite e derivados
  • Vegetais verde-escuros: espinafre, brócolis, couve, salsa
  • Grãos integrais: arroz, aveia, quinoa, centeio
  • Leguminosas: feijões, lentilha, grão de bico, soja
  • Oleaginosas: castanhas, nozes, amêndoas, avelã
  • Sementes: abóbora, girassol, gergelim, linhaça
  • Frutas cítricas: laranja, limão, acerola, kiwi

Em alguns casos, pode ser necessário recorrer à suplementação de nutrientes específicos, mas isso deve ser sempre orientado por um médico ou nutricionista.

Conclusão

Ficou claro que, para além dos cuidados externos, a saúde e a beleza dos nossos cabelos dependem muito do que colocamos no prato. Deficiências nutricionais, especialmente de proteínas, ferro, zinco e vitaminas, podem comprometer todo o ciclo de crescimento dos fios, resultando em cabelos fracos, sem vida e que caem facilmente.

A boa notícia é que, com uma alimentação equilibrada e colorida, rica em nutrientes essenciais para os fios, podemos prevenir essas deficiências e ostentar cabelos muito mais saudáveis. Cuidados capilares com ativos nutritivos e fortalecedores também fazem toda diferença no visual das madeixas.

Se você desconfia que pode ter uma deficiência nutricional afetando seus fios, procure a orientação de um médico ou nutricionista.

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